COPA DO MUNDO FIFA 1994


A Copa do Mundo FIFA de 1994 foi sediada nos Estados Unidos, apesar da pouca tradição norte-americana no futebol, foi o mundial do país que bateu todos os recordes de público, mantidos até os dias de hoje. Com um futebol extremante eficiente e com um grupo muito unido liderado pelo polêmico craque Romário, a Seleção brasileira conquistou o quarto título mundial ao bater a Itália Brasil foi comemorada também como uma homenagem ao tricampeão mundial de fórmula 1 Ayrton Senna, falecido em 1 de maio daquele ano.
Logo oficial Copa do Mundo FIFA 1994
Mascote
Striker
Bola oficial

Questra
Postêr oficial

Gloryland
Daryl Hall e Sounds of Blackness
Música oficial
Artilheiro
06 GOLS:
Hristo Stoichkov (BUL)
Oleg Salenko (RUS)
ITÁLIA
Terceiro lugar
Vice campeão
Campeão
BRASIL

SUÉCIA


CIDADES SEDE

ESTÁDIOS

SELEÇÕES PARTICIPANTES

O CAMPEONATO

FASE DE GRUPOS E FASE FINAL
A Copa foi aberta no estádio Soldier Field, no dia 17 de Junho de 1994, com direito a performance da diva Whitney Houston. No mesmo dia, aconteceu o jogo de abertura entre a Alemanha e a Bolívia. Os atuais campeões venceram o jogo por um magro 1x0, gol do atacante Jürgen Klinsmann. Nesse jogo, o craque boliviano Marco Etcheverry, que tinha tudo para se destacar, recebeu o primeiro cartão vermelho da Copa ao agredir um jogador alemão, fazendo jus ao apelido de "El Diablo". Os então campeões do mundo ainda empatariam em 1x1 com a Espanha e venceriam com dificuldades a Coreia do Sul por 3x2. Nas oitavas de final, uma heroica vitória de 3x2 sobre a Bélgica e nas quartas, os alemães foram derrotados pela Bulgária, de virada, por 2x1.
A Argentina, que tinha Gabriel Batistuta, Diego Simeone, Claudio Caniggia, Fernando Redondo e Ariel Ortega, caiu prematuramente nas oitavas de final, diante da Romênia de Gheorghe Hagi, Florin Răducioiu e Gheorghe Popescu, por 3 a 2. O escândalo de doping do ídolo Maradona, expulso do mundial, foi supostamente decisivo para o desequilíbrio do time portenho, que vinha bem até então; entretanto, a Argentina só havia enfrentado times fracos, e Maradona só havia feito um gol, contra a inexpressiva Grécia, na vitória por 4x0, com um hat-trick de Batistuta.
A Arábia Saudita mostrou ao mundo do futebol a que veio no terceiro jogo contra a Bélgica. Após receber a bola do campo de sua equipe, Saeed Al-Owairan decidiu partir para cima dos belgas e após driblar meio time, tocou na saída do experiente goleiro Michel Preud'homme, um dos melhores do mundo A Grécia passou despercebida no mundial. Também estreando no torneio, os seus jogos serviram apenas para treinar os adversários na primeira fase, pois perdeu as três partidas que disputou sem sequer balançar as redes, levando dez gols, e terminando em último.
A grande decepção da Copa foi a Colômbia. Credenciada por uma implacável goleada contra a Argentina por 5 a 0, pelas eliminatórias, em plena Buenos Aires, os colombianos chegaram aos EUA com status de favoritos. Só que perderam na estreia para a Romênia por 3 a 1 e perderam o rumo na competição. No jogo seguinte fizeram a festa dos anfitriões perdendo por 2 a 1. A solitária vitória sobre a Suíça por 2 a 0 só valeu para cumprir tabela e a seleção sul-americana voltou a sua realidade de equipe de porte médio, e ao retornar, foi muito ameaçada. O zagueiro Andrés Escobar (autor do único gol-contra no torneio) foi assassinado por um apostador que era membro do Cartel de Medellín. Os Seleção de Futebol dos Estados Unidos, o país-sede do torneio, fizeram boa campanha, terminando atrás dos romenos e dos suíços. A campanha ianque no Grupo A foi a seguinte: empate por 1 a 1 contra a Suíça (o gol norte-americano foi marcado por Eric Wynalda, numa magnífica cobrança de falta), 2 a 1 sobre a Colômbia (gols de Earnie Stewart e Andrés Escobar, contra), num jogo marcado pela espetacular bicicleta dada pelo zagueiro Marcelo Balboa, onde a bola passou raspando o gol de Óscar Córdoba, e uma derrota de 1 a 0 para a Romênia.
Participando de sua primeira Copa, a Nigéria foi a esperança africana da Copa ao estrear com vitória aplicando 3 a 0 sobre a Bulgária. No primeiro gol marcado, o experiente Rashidi Yekini se agarrou à rede e chorou dentro dela, numa cena que correu o mundo. No segundo jogo, derrota de 2x1 para a Argentina, no último jogo de Maradona em Copas. Mas os nigerianos venceram a Grécia por 2 a 0 e se classificaram para as oitavas-de-Final. Nela, os nigerianos chegaram a abrir o placar com Emmanuel Amunike, mas a Itália, mesmo com um a menos empatou, com Roberto Baggio, levando a partida para a prorrogação, quando o próprio Baggio marcou de pênalti o gol da dramática vitória italiana.
Mesmo que o jogo entre Rússia e Camarões tenha servido apenas para cumprir tabela, as duas equipes deixaram a Copa fazendo história com seus atacantes. O russo Oleg Salenko se tornou o primeiro (e único, até então) jogador a marcar cinco gols em uma única partida de Copa do Mundo. Salenko terminou a Copa como artilheiro, ao lado de Hristo Stoichkov, com 6 gols marcados. O camaronês Roger Milla, aos 42 anos e 39 dias de idade, se tornou o jogador mais velho a marcar um gol em Copas e o mais velho a disputar uma partida de Copa. Camarões atravessava uma grave crise financeira, chegando ao ponto de cobrar para dar entrevista aos jornalistas entrangeiros. Aborrecidos com a derrota, a torcida camaronesa decidiu incendiar a casa de Joseph-Antoine Bell, que se aposentou após o torneio. Os torcedores apontaram o goleiro, que encerraria a carreira no mesmo ano, como principal responsável pela fraca campanha dos Leões.
A Bulgária nunca havia feito uma campanha tão surpreendente como a de 1994. Liderada em campo pelo artilheiro Stoichkov (companheiro de Romário no ataque do Barcelona), a equipe estreou com derrota de 3 a 0 para a novata Nigéria, mas se redimiu ao derrotar a Grécia por 4 a 0 (primeira vitória búlgara em copas) e a Argentina por 2 a 0 na primeira fase. Nas oitavas, um jogo dramático contra o México, Após o empate em 1 a 1, os búlgaros venceram nos pênaltis por 3 a 1, graças às defesas do goleiro Borislav Mikhailov. Nas quartas-de-final, uma vitória emocionate sobre a então campeã Alemanha por 2x1. Mas na semifinal, derrota de 2 a 1 para a Itália e apesar de ter perdido de 4 a 0 para a Suécia na disputa pelo terceiro lugar, os jogadores búlgaros foram recebidos como heróis em seu país.
O Brasil, liderado por Romário, dirigido pela dupla Parreira-Zagallo, foi para a Copa de 94 desacreditado pela difícil campanha que quase custou a eliminação nas Eliminatórias. Jogando um futebol burocrático, porém consistente em seu sistema de marcação e obediência tática, a seleção canarinho tinha na dupla de ataque Bebeto e Romário sua principal arma. Na primeira fase, ganhou da Rússia por 2 a 0, de Camarões por 3 a 0 e empatou com a Suécia por 1 a 1. Nas oitavas, ganhou por 1 a 0 dos Estados Unidos em pleno feriado da independência americana. Nas quartas um grande jogo: Brasil e Holanda. A seleção marca 2 a 0 no segundo tempo, mas a Holanda reage com Dennis Bergkamp e Aron Winter. Branco desempata, 3 a 2 e o Brasil volta às semifinais de uma Copa. A seleção canarinho vence a Suécia com um gol de cabeça do baixinho Romário e 24 anos depois está numa final de copa, novamente contra a Itália. A Itália de Roberto Baggio teve duas fases distintas: uma campanha razoável na 1ª fase, classificando-se somente no número de gols marcados, em um grupo considerado de nível técnico mediano, com seleções do porte de México, Irlanda e Noruega. Na partida contra a Noruega, houve a expulsão de Gianluca Pagliuca - a primeira expulsão de um goleiro na história das Copas. Já na fase subsequente, a partir das oitavas, eliminou sucessivamente Nigéria, Espanha e Bulgária, todos por 2 a 1, sempre com Baggio brilhando.
A final entre Brasil e Itália entrou para a história por dois motivos: primeiro, pelo fato de juntar frente a frente duas das três únicas seleções que haviam conquistado três edições de Copa do Mundo, portanto, uma delas acabaria se sagrando tetracampeã, ultrapassando a rival; segundo, porque foi a primeira vez em que a final de uma Copa do Mundo seria decidida na cobrança de tiros livres da marca de pênalti. O jogo terminou em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. A vitória do Brasil veio após três erros italianos: uma defesa do goleiro Taffarel, em chute de Massaro, e mais dois chutes para fora dos craques italianos Roberto Baggio e Franco Baresi. Márcio Santos havia errado também sua cobrança, não sendo necessário ao Brasil efetuar todas as cobranças a que tinha direito.
O Brasil recuperava a coroa depois de 24 longos anos (cinco edições seguidas sem vencer) e conquistava assim o inédito quarto título da Copa do Mundo - chamado de Tetracampeonato -, fato só igualado no Mundial de 2006 pela própria Itália. Ainda no campo de jogo, aproveitando os festejos pela conquista histórica, a equipe decidiu homenagear o piloto brasileiro de Fórmula 1, Ayrton Senna, que morrera cerca de dois meses antes em um terrível acidente ocorrido no GP de Ímola, em San Marino. A homenagem veio estampada no cartaz que dizia: "Senna, Aceleramos Juntos. O Tetra é Nosso".

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Jogadores brasileiros após a conquista do tetracampeonato em 1994.
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World Cup '94
Estados Unidos, 17 junho - 17 julho de 1994




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